Alusven apresenta-se como a «voz que os luso-venezuelanos nunca tiveram»

Imprensa | Correio da Venezuela

A Alusven – Associação Luso-Venezuelana de Cooperação e Desenvolvimento apresenta-se hoje ao público com o compromisso de “ser uma voz que os luso-venezuelanos nunca tiveram”, tanto em Portugal como na Venezuela, disse à Lusa o secretário-geral da organização, Jorge dos Santos Pereira.

Embora a associação, nascida em junho último, tenha já desenvolvido “alguma atividade, nomeadamente na entrega de ajuda humanitária na Venezuela, hoje apresenta-se oficialmente ao público, na cidade da Maia, num evento em que conta com a presença de uma figura icónica na Venezuela, o ator e humorista Franklin Virguez.

“Por muitos esforços – e foram alguns – que os diversos governos portugueses tenham levado a cabo para apoiar a comunidade luso-venezuelana, o facto é que, no terreno, aquela comunidade não tem tido voz e tem sido um pouco esquecida por Portugal, pelos sucessivos governos”, afirmou Santos Pereira.

O responsável sublinha que a comunidade portuguesa a residir na Venezuela tem “mais de meio milhão de pessoas, numa estimativa por baixo” e o objetivo da Alusven é “dar voz a essas pessoas, abrir canais de comunicação e cooperação entre Portugal e a Venezuela, tanto de instituições públicas e privadas como de cidadãos”.

A associação quer “colocar as empresas de Portugal e da Venezuela em contacto”.

“Mal o regime mude, mal a situação mude, a Venezuela vai ser um país com um potencial e oportunidades fantásticas. Estas oportunidades não estão a ser aproveitadas devido às circunstâncias atuais, mas nunca foram bem aproveitadas por Portugal”, considera o secretário-geral da Alusven.

Uma aposta forte do Estado português naquele país deveria começar pela recolha junto dos representantes da comunidade lusa das necessidades dos portugueses e lusodescendentes radicados na Venezuela.

“Embora, tenho que reconhecer, tenha havido nos últimos anos – fruto também da situação que o país vive – um esforço a nível consular de dar alguma resposta, ela não é suficiente. Há portugueses que estão lá a passar por grandes necessidades”, alerta Jorge dos Santos Pereira.

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